Rádio Em Defesa da Fé!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A importância da doutrina da evidencia física inicial para o pentecostalismo.

Enquanto que os tradicionais ditam que as línguas não evidenciam o Batismo no Espírito Santo, os pentecostais vêem na doutrina da evidência física inicial, que o falar em línguas é o que evidencia o batismo no Espírito Santo, pois as línguas, neste caso específico, servem de parâmetro para identificar o batismo. (At 2:4)

         Por essa doutrina é possível entender que embora o falar em línguas e o dom de línguas (1 Co 12:4-10,28) pertençam à mesma essência inspiradora ( Espírito Santo), têm diferença quanto ao seu propósito e uso.

         Como já dissemos, as línguas são evidência física do batismo no Espírito Santo, sem elas não há como comprovar que houve o batismo.

         Vemos que as línguas mencionadas no livro de Atos dos Apóstolos evidenciam o batismo no Espírito Santo, e têm como objetivo a edificação pessoal dos crentes que foram cheios do poder de Deus naquela ocasião. Já as línguas citadas nas epístolas, visam à edificação da igreja, pois são empregadas nos cultos, portanto apresentam um caráter público, e neste caso, necessitam ser interpretadas para que haja edificação do corpo de Cristo.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um breve resumo da História do Pentecostalismo


O pentecostalismo dos Estados Unidos da América exerceu grande influência para o pentecostalismo brasileiro, principalmente no que diz respeito à formação teológico_doutrinária das Assembléias de Deus no Brasil.

No final do século IXX, Ocorreram diversas manifestações pentecostais nos EUA, dentre as quais destacamos o ocorrido em 1879, onde pastores batistas da santidade falaram em línguas e W. Jethro Walfhal foi batizado no Espírito Santo. E porque não citar o aviamento de Shinloh no Maine, onde muitos receberam o batismo.

Outro fato marcante, se deu nas torres de oração ou cenáculos, como por exemplo a conhecida torre do campus da Oral Roberts University. Como também, os albergues da fé de cura divina, os quais foram um importante componente para o ambiente de santidade, no qual o movimento pentecostal nasceu.

No início do século IXX também ocorreram inúmeras turbulências tanto conceituais quanto doutrinárias, nesse contexto surgiram grupos antidenominacionistas com o intuito de pregar uma “unidade” interdenominacional, visto que não aceitavam nenhuma autoridade organizada. Contudo, em todas as eras Deus sempre contou com remanescente fiel, o qual preservou os verdadeiros princípios da fé cristã.

Também vemos a presença de várias perspectivas escatológicas tais como o milenismo, o pós-milenismo e o amilenismo. Porém, o que se observa é que a perspectiva pentecostal tem sua Ênfase voltada pra o pré-milenismo, pois na ótica pentecostal o derramamento do Espírito Santo é um importante sinal para vinda de Cristo.

Dentro desse contexto, alguns movimentos merecem ser destacados, como o avivamento de Dakota do Norte em 1895, o de Cherokee Country (Carolina do Norte 1896 – 130 pessoas batizadas no Espírito Santo), o avivamento de Dakota do Sul (1900-1903, e de Minesota (1900), dentre tantos outros).

Podemos também citar o movimento restauracionista com destaque para os temas bíblicos evidenciados pelo movimento tais como o de Joel 2:23, que influenciou o movimento da chuva serôdia, o qual renovou os dons espirituais (como os de línguas, profecia e cura).

Logo após, temos o movimento da Fé Apostólica, dando destaque para Parham, o qual tinha o compromisso de resgatar a essência do cristianismo vivido pela igreja primitiva. O movimento da Fé Apostólica tinha o propósito de restaurar a fé e promover a unidade cristã, além das línguas como evidencia e necessidade de santidade. Também pregavam o pré-milenismo, vida pela fé de seus obreiros e manifestação dos dons espirituais.

Mais tarde em 1901, tem-se evidencia do conhecido avivamento de Topeka o qual marca o nascimento do movimento pentecostal dos EUA, seguido dos avivamentos de Galena (kansas), o de Baxter Springs (Kansas), o de Houston (texas), o da rua Bonnie Brae (Los Angeles) e de tantos outros.

Mas é o movimento que ocorreu na Rua Azuza (Los Angeles) que queremos nos deter, pois de lá o movimento pentecostal se expandiu para o mundo.

“Em Azuza os cultos eram longos e de forma geral espontâneos, Nos seus primeiros dias, a musica era à capela, embora um ou dois instrumentos fossem tocados”. Os cultos incluíam cânticos, testemunhos dados por visitantes ou lidos daqueles que escreviam para a Missão. Oração, momento de apelo para pessoas aceitarem Cristo, apelo à santificação ou ao batismo no Espírito Santo, e, obviamente, pregação. Os sermões, normalmente não eram preparados antecipadamente e eram tipicamente espontâneos. W. J. Seymour era claramente o encarregado dar pregação, porem havia bastante liberdade para pregadores visitantes. A oração pelos enfermos era também uma parte freqüente nos cultos. Muitos gritavam, outros ficavam "rindo no Espírito" ou "caídos no poder".

Na verdade, quase todas as denominações pentecostais nos Estados Unidos tem suas raízes, de uma maneira ou de outra, na Missão da Fé Apostólica da Rua Azusa.” (Araújo.Israel, Dicionário do Movimento Pentecostal pág. 605)



“A importância do avivamento e igualmente associada ao ensino sobre o batismo no Espírito Santo e o dom de línguas... A importância de Azuza repousa também nos testemunhos daqueles cujas vidas foram transformadas pela experiência de um Deus imanente pelo Espírito Santo. Muitos tiveram sua orientação intelectual transformada. Seus ministérios rapidamente ganharam nova direção ou poder, sua espiritualidade pessoal foi enriquecida e a sua visão da tarefa da igreja, imensuravelmente ampliada. Portanto, a importância de Azuza foi centrifuga - aqueles que eram tocados por ela levavam suas experiências para outros lugares e tocavam a vida de outras pessoas.” (Araújo. Israel, Dicionário do Movimento Pentecostal pág. 606).



Por fim, a Assembléia de Deus no Brasil foi fundada por missionários escandinavos. Sua teologia, porém, sofreu igualmente a influencia da igreja pentecostal escandinava das Assembléias de Deus norte-americanas. Há diferença é quanto ao tempo de influencia dos dois grupos. O primeiro exerceu sua influência teológica nas primeiras cinco décadas da denominação. O norte-americano, por sua vez, exerce sua influência teológica no Brasil pentecostal já há 40 anos.

A partir do final dos anos 30, começaram a aportar no país missionários da Assembléia de Deus dos EUA, os quais, aos poucos, notabilizaram-se na orientação teológica dos primeiros obreiros brasileiros. No final dos anos 40 e início dos anos 50, despontam notadamente nas escolas bíblicas pelo país os nomes dos missionários norte-americanos. Pode se dizer que, nesse período, inicia-se o processo de cristalização da teologia pentecostal no Brasil, pois somente com os norte-americanos houve uma maior sistematização das doutrinas bíblicas na AD.

Tanto que se pesquisando as paginas do Mensageiro da paz dos anos 40 e 50 destacam-se os seguintes nomes: Lawrence Olson, Leonard Pettersen, Teodoro Sthor' e John Peter Kolenda, todos norte-americanos. Porém, nesse período, destacam-se apenas, os nomes dos missionários escandinavos Nels Nelson e Lars Erik Bergsten.

terça-feira, 28 de abril de 2009

A BASE EXEGÉTICA DA DOUTRINA DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

A priori, podemos dizer que a base exegética da doutrina do batismo no Espírito Santo recebe uma ênfase especial no livro de Atos dos Apóstolos, mas há outras revelações sobre esta verdade até mesmo no Antigo Testamento.

         O batismo no Espírito Santo não se trata de regeneração, pois é antes de tudo, uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo.

 

“É uma expressão vocal inspirada pelo Espírito Santo mediante a qual o crente fala numa língua (gr. Glossa)”.

que nunca aprendeu (At 2:4; 1Co14:14,15)”.

(Bíblia de Estudo Pentecostal, pág. 163).

 

         O batismo no Espírito Santo também não é conversão, pois se observamos AT 2:1-13, veremos que os 120 que receberam a promessa do Pai, no dia de pentecostes, já eram salvos.

         Se nos voltarmos para o AT veremos que os profetas Joel e Ezequiel, por exemplo, tinham indicado sobre o derramamento do Espírito Santo sobre Israel (Ez 39:29) e sobre toda carne (Jl 2:28, Is 32:15; 44:3)

         Deus através dos profetas havia predito sobre o derramamento do Espírito Santo. Até mesmo João Batista falou a respeito da promessa do Pai (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16; Jô 1:33)

         Posteriormente, o próprio Jesus falou sobre o derramamento do seu Espírito (At 1:5).

         Se observarmos o sermão de Pedro no dia de pentecostes, veremos que ele cita o profeta Joel.

         Outro fator interessante há que se observar que antes do recebimento da promessa todos estavam em unidade, orando, até que veio do céu como o som de um vento poderoso e chamas em forma de língua pousando sobre cada um deles, como prova da manifestação da glória de Deus.

         Isso não significa dizer que o som e vento são sinais do batismo, mas sim, evidências introdutórias para a manifestação do poder de Deus. Na

verdade, o sinal preponderante da plenitude do Espírito Santo, ao que se refere ao batismo, é o falar em línguas (At 10:46; At 19:6).

         O falar em línguas é o sinal que evidencia o batismo no Espírito Santo (At 4:8; 31; At 9:17; At 13:9; At 15; At 2:4,38).

         As línguas são o meio pelo qual o crente louva e adora a Deus. É o que podemos chamar de glossolalia (gr. Glossais lalo), uma expressão vocal inspirada pelo Espírito Santo, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo.

         O falar em línguas também é um dos dons do Espírito Santo (1 Co 12:4-10), cujo principal propósito é a edificação espiritual da igreja, quando acompanhado do dom de interpretar línguas (1Co 14:5,6; 13-17); como também serve de edificação espiritual com propósito de enaltecer a Deus ( I Co 14:4-17).

 

segunda-feira, 27 de abril de 2009

COMENTÁRIO 01 – A INFLUÊNCIA DO PIETISMO PARA A FORMAÇÃO DO “MOVIMENTO PENTECOSTAL”



Dentre os vários movimentos históricos que nortearam o alicerce da Teologia pentecostal, destaca-se o Pietismo.

Tal movimento adveio do trabalho de Johan Arndt (1555-1621), o qual editou as obras de Tomás de Aquino e Jonh Tauler.

Porém o Pietismo começou a ser sistematizado por volta do século XVII tendo como um dos principais defensores dessa escola teológica, o pastor luterano Philip Jacob Spencer (1635-1705) o qual estabeleceu sua doutrina na obra “Pia Desideria” (1675), apoiado em seguida por August Herman Franck (1663-1712), Johann Albrecht Bengel (1687-1752) e Gottfried Arnold (1660-1714).

O pensamento pietista, serviu de influência para o movimento pentecostal, pois sua base doutrinária difundia o prevalecimento da renovação da piedade ao invés de um escolasticismo rigoroso.

As principais ênfases pietistas dizem respeito: a) afirmação de uma experiência pessoal com Deus, a iniciar com o novo nascimento; b) a experiência com Deus tem implicação direta quanto à maneira pela qual o crente pode viver, ou seja, a busca da santificação; c) os requisitos de uma comunidade que sempre compreenda a si mesmo com uma postura contra o contexto social maior, ou seja, a prevalência dos princípios cristãos sobre os valores sociais; d) cronologicamente, a designação da confluência particular dessas preocupações como posterior ao desenvolvimento da ortodoxia confessional e anterior ao Iluminismo; o uso do termo “pietista” quase que exclusivo para protestantes, embora idéias e ênfases em comum se encontrem entre ortodoxos e católicos.

Outro fator de influência sobre o pentecostalismo foi o método de transmissão da doutrina pietista, visto que Spencer desenvolvia períodos de estudos bíblicos onde leigos estavam envolvidos com a interpretação da Bíblia; além disso, a quebra de paradigmas com o estabelecimento de sacerdócio dos crentes, como também a ênfase na prática cristã ao invés do dogma; e, por fim, a desenvoltura do homem interior, trabalhando a vida espiritual do crente.

domingo, 19 de abril de 2009

OS FUNDAMENTOS NA ARTE DE AJUDAR

Um fator preponderante destacado pelo Dr. Gary é que se queremos ajudar as pessoas através do aconselhamento devemos levar a Bíblia a sério. Um dos pontos abordados no capítulo 2 da sua obra é o aconselhamento no discipulado, o qual o autor considera “uma abordagem que se edifica sobre a Escritura — que começa com a Bíblia como seu ponto de partida. É um conceito de aconselhamento que reconhece a crucialidade da Grande Comissão e tem no seu âmago o discipular aos outros. Toma por certo que o Deus que fala através da Bíblia também revelou verdades acerca do Seu universo por meio da ciência, inclusive a psicologia. Logo, leva-se a sério os métodos e as técnicas psicológicos, embora devam ser testados, não somente de modo científico e pragmá­tico, mas primeiramente à luz da Palavra de Deus escrita”.

Os principais alvos do aconselhamento, segundo o autor são: “ajudar as pes­soas a funcionarem de modo mais eficaz nas suas vidas diárias; a se libertarem dos conflitos espirituais, psicológicos e inter­pessoais; a terem paz consigo e a desfrutarem de uma crescente comunhão com Deus; a desenvolverem e manterem com os outros relacionamentos inter-pessoais serenos; a realizarem o máximo potencial que têm em Cristo; e a estarem ativamente envolvidos em se tornarem discípulos de Jesus Cristo e discipuladores para Ele.”

O autor também apresenta princípios gerais, que ele chama de "princípios para a ajuda às pessoas:

A) Princípio nº 1 para a Ajudar às Pessoas;

O autor destaca que “Em qualquer relacionamento de ajuda, a personalidade, os valores, as atitudes e as crenças do ajudador são de importância primária.”

Também considera alguns atributos para o conselheiro tenho a é brandura como parâmetro (Gl 6:1), diz que o conselheiro deve se manter firme com o aconselhado e ser compasivo.

O autor considera que os padrões para o coselheiro são, efetivamente, altos, mas que nem por isso serão inalcansáveis. O Conselheiro deve ser consciente das tentações que advêm quando se envolve num relacionamento íntimo de aconselhamento, levando as cargas do aconselhado; deve examinar-se a si mesmo e saber que a sua força vem de Deus, não se considerando superior ao aconselhando; deve estar apto a fazer discípulos e pronto a aprender do ajudando.Estando consciente de Deus e das influências espirituais no comportamento humano, sendo paciente; reco­nhecendo sua responsabilidade de fazer o bem a todas as pessoas, mas "principalmente aos da família da fé" . pois o mais importante de tudo isso é o amor .

A Empatia é um atributo que torna o aconselhamento eficaz, pois faz o conselheiro buscar ver e enten­der o problema do ponto de vista do aconselhando. Isso poque quem aconselha precisa conservar intatos os seus pontos de vista objetivos, e ao mesmo tempo reconhecer que pode servir de máxima ajuda, deixando o aconselhado saber que como ele se sente e como vê a sua situação. O ajudando, por sua vez, precisa reconhecer que alguém real­mente está procurando entendê-lo. E é este mútuo entendimento que traz harmonia entre o ajudador e o aju­dando.

O calor é outro atributo que se traduz em amabilidade, consideração e que se revelam na expressão do rosto, no tom da voz, nos gestos, na postura,etc, ou seja no comportamento não-verba. Nesse aspecto, vemos que ajudador que realmente se importa com as pessoas não precisará anunciar verbalmente sua solicitude,visto que todos poderão percebê-la.

A autenticidade é outro atributo importante pois demonstra que as palavras do ajudador são consistentes com as suas ações.

O autor declara que não há melhor exemplo que Jesus em revelar empatia, calor e autenticidade e assim deve ser o ajudador cristão bem-sucedido.



B) Princípio nº 2 para a Ajudar às Pessoas

As atitudes, motivação e desejo por ajuda da parte do auxiliado também são importantes no aconselhamento.

O autor exprime que alguns conselheiros tiveram a experiência frustradora de procurar trabalhar com alguém que não coopera, ou que não tem interesse em mudar o seu comportamento. Neste caso, Quando o auxi­liado não quer ajuda, deixa de perceber que existe um proble­ma, não deseja mudar-se, ou não tem fé no conselheiro nem no processo de auxílio, então o aconselhamento raramente é bem-sucedido.

Assim sendo, o conselheiro deve compreender que Deus criou o homem com livre arbítrio, e não é possível ajudar a todos, principalmente quando o auxiliado está indisposto a crescer psicologicamente. Para que haja um aconselhamento eficaz, o conselheiro e o aconselhado precisam estar em harmonia.

Também a que se perceber, não se deve tomar por certo que a pessoa que precisa de ajuda sempre está resistindo de modo teimoso. As vezes, as pessoas resistem por medo. Algumas por não reconhecer seus fracassos ou problemas, e há ocasiões em que o próprio auxiliado não sabe qual é o problema. Outros têm medo de ser rejeitados. Em fim, todos estes fatores podem interferir no processo da ajuda, e, portanto, a tarefa do conselheiro é, também, de ajudar o aconselhado a "abrir o seu coração".

C) Princípio nº 3 para a Ajudar às Pessoas

O relacionamento de ajuda entre o ajudador e o auxiliado é de grande relevância.

O autor saliente que os relacionamentos de ajuda diferem na sua natureza e profundidade. Com cada pessoa Jesus tinha uma estratégia específica. Com Nicodemos, por exemplo Ele foi intelectual, com os fariseus, foi persuasivo, confrontando-os, com Ma­ria e Marta e foi mais informal, e com as crianças era caloroso e amoroso. Tudo isso por que Jesus reconhecia diferenças individuais de personali­dades, de necessidades, e de nível de entendimento.

O autor ainda adiciona que Jesus, não somente tratava com pessoas de modos diferen­tes, mas também tinha relacionamentos com as pessoas em níveis diferentes de profundidade ou proximidade. bordo estas pessoas de modos diferentes, e estou mais próximo dalguns do que doutros.

D) Princípio nº 4 para a Ajudar às Pessoas

A ajuda deve concentrar-se nas emoções, pensamentos e comportamento do aconselhado – as três coisas: A ênfase sobre as emoções, o pensamento e o comporta­mento.

Em síntese, o autor entende que “cada relacionamento depende da personalidade das pessoas envolvidas, da natureza dos proble­mas que são considerados, da profundidade da discussão, e da proximidade psicológica entre o Conselheiro e a pessoa que está sendo acpnselhada. Isso porque o aconselhamento é um processo de auxílio, mas este auxílio envolve um relacionamento. Quanto melhor o relacionamento, tanto mais bem-sucedido o aconselhamento.”



Bibliografia:

COLLINS, Gary R. Ajudando uns aos Outros pelo Aconselhamento Cristão. – Ed. Vida Nova.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Aconselhamento Cristão e sua utilidade

O Dr. Gary em sua obra, Aconselhamento Cristão, faz uma análise dos objetivos do aconselhamento; logo em seguida, ele apresenta a relação entre o aconselhado e o conselheiro; posteriormente, explicita algumas técnicas elementares do aconselhamento apresentando a maneira que se dá esse processo. Por fim, ele traz as bases teóricas que embasam os principais métodos.
Sucintamente, no que tange aos objetivos do aconselhamento, o Dr. Gary afirma que é levar o aconselhando a ter uma vida abundante em Cristo.
Ele ressalta que o modelo de aconselhamento a ser seguido é o de Jesus Cristo, visto que Ele se preocupava com as pessoas, inclusive, com os problemas delas. Assim sendo, a exemplo de Cristo o conselheiro deve ter como objetivo mostras às pessoas como ter essa vida abundante e leva-las a encontrar o caminho da vida eterna.
Ele observa, por exemplo, muitos salvos que não vivem uma vida abundante em alguns aspectos por que lhes falta identificar o que está gerando negatividade em sua vida. E é neste âmbito, que o conselheiro atuará, pois ajudará essas pessoas a muda-las de atitude e orientá-las-á a mudar de atitude e a decidirem por padrões de comportamento que as leve a uma vida melhor. No caso, do não crente, além desse aspecto de auxílio, o aconselhamento atua como uma forma de evangelizar essa pessoa.
Para que o aconselhamento alcance os seus objetivos, o autor apresenta algumas metas específicas para que sua tarefa seja eficaz. Vejamos: a) Autoconhecimento - o conselheiro deve ajudar o aconselhado a entender a si memo, a fim de que este perceba o que ocorre dentro de si; b) Comunicação – As vezes os aconselhados interpretam mal o que os outros dizem a respeito de si, pois há problemas de comunicação. Neste caso o conselheiro deve ajuda-lo a interpretar corretamente as mensagens transmitidas pelos outros; c) Aprendizado e mudança de comportamento – O conselheiro deve ajudar o aconselhado a desaprender comportamentos nocivos e mudar de atitude substituindo essas práticas equivocadas por atitudes construtivas; d)Auto-realização – No caso do aconselhamento cristão, podemos usar a palavra cristo-realização, pois o conselheiro irá ajudar o aconselhado a atingir o máximo do seu potencial e mantê-lo, através da orientação bíblica e busca de viver cheio do Espírito Santo; e) Apoio – Em alguns casos situacionais, as pessoas não conseguem realizar e desempenhar suas funções satisfatoriamente. Neste tipo de caso o conselheiro deve apoiar, motivar e encorajar o aconselhando a suportar essa fase da vida, porém dando continuidade as suas tarefas; f) Integridade Espiritual – muitas pessoas custam admitir que os problemas têm dimensão espiritual. É neste ponto que o conselheiro cristão deve aproveitar para envolver a presença de Deus em seu aconselhamento, o que o autor denomina de triálogo (Conselheiro, Deus e o aconselhado).
Quanto ao relacionamento entre o conselheiro e o aconselhado, o autor afirma que muitas pessoas têm dificuldade de admitir que necessitam de auxílio. Porém, o bom conselheiro por conhecer essas atitudes, por parte do aconselhado, procura ajuda-lo a relaxar, dando-lhe segurança. O aconselhamento pode ocorrer no próprio gabinete do conselheiro ou em um centro terapêutico. Neste caso, o local é o que menos importa, o que é fundamental para que a terapia der certo é o bom relacionamento entre conselheiro e aconselhado.
O autor também enfatiza sobre alguns atributos por parte do conselheiro que contribuem para o sucesso do seu relacionamento com aconselhado. São eles: calor humano, sinceridade, empatia. Além destes, é importante que o conselheiro seja capaz de lidar com seus próprios problemas, que seja compassivo, confiável, sociável, afetuoso, maduro e íntegro. Ademais, todas essas qualidades que o conselheiro deve possuir, devem estar pautadas na demonstração do fruto do Espírito Santo em sua vida, o qual é gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio e o mais importante de todos: o amor.
Algumas técnicas de aconselhamento apresentadas no capítulo podem ser resumida em alguns tópicos básico: o conselheiro precisa saber: a) dar atenção ao aconselhado; b) saber ouvi-lo; c) responder as indagações e dialogar com o aconselhado – conduzindo o tratamento, comentando os discursos do aconselhado, indagando-o, confrontando-o, informando-o a cerca de suas percepções equivocadas; interpretando seu discurso sabiamente, apoiando e enconranjando-o a tomar decisões centradas em Deus; e) Saber ensina-lo na verdade; f) Filtrar na terapia as questões que realmente precisam ser tratadas.
Em relação ao processo de aconselhamento, a terapia não segue uma rotina, pois o autor observa que cada para cada indivíduo a um método a ser empregado, pois as pessoas diferem tanto em suas questões, quanto em suas reações quanto ao tratamento.
Entretanto, para haver toda relação de aconselhamento se faz necessário algumas etapas, sendo que algumas destas podem se repetir à medida que os problemas vão sendo tratados. As etapas, apresentadas são as seguintes: a) Conexão –ocorre quando o início do tratamento se consolida; b) Exploração – ocorre quando há necessidade do aconselhado expor detalhes do seu caso específico; c) Planejamento – ocorre quando o conselheiro já tem uma visão para solucionar o problema do aconselhado, pois irá expor os passos a serem seguidos a fim de sanar os conflitos do aconselhado; c)Desenvolvimento – ocorre quando o conselheiro motiva o aconselhado colocar em prática o que foi tratado no aconselhamento; d) Encerramento – Quando o conselheiro observa que os conflitos já foram sanados e que o aconselhado já pode caminhar sozinho e deixa “as portas abertas” para um possível novo tratamento, caso o aconselhado venha necessitar.
Mais adiante, o autor cita algumas teorias de aconselhamento utilizadas por terapeutas como por exemplo, a teoria alderiana, a análise junguiana, a terapia existencial, a terapia centrada na pessoa de Rogers, a terapia da gestalt, a análise transacional (AT), a terapia da realidade de Glasses, a terapia racional-emotiva de Albert Ellis, as várias behavioristas, a teoria da aprendizagem social, e as terapias familiares. Além destas há também, terapias de cristãos como o aconselhamento noutético de Jay Adams, o aconselhamento bíblico de Lawrence Crabb, a terapia espiritual de Charles Solomon e o aconselhamento para crescimento espiritual de Howard Clinebell.
Embora o autor cite essas teorias, ele não elege um método específico para que seja aplicado ao aconselhamento. Ele relata que o próprio Jesus foi bastante eclético, usando vários tipos de abordagem
Dependendo da necessidade daquele a quem ele interpelava. O autor também reconhece a utilidade de se compreender essas teorias, mas ressalta que devemos esperar que o Espírito Santo através do conselheiro opere durante o tratamento nas vidas necessitadas.
Por fim o autor relata alguns casos ocorridos nos EUA a cerca da interferência da lei americana em alguns aconselhamentos. Houve um caso em que o conselheiro foi processado pela família de um jovem que cometeu suicídio após um aconselhamento, porém, em contrapartida vários conselheiros profissionais são chamados para ajudar aos tribunais americanos a tomarem decisões em julgamentos. Um fator que chama atenção o papel social do conselheiro frente a comunidade em que convive é que ele pode ser uma referencia social tendo um papel determinante para com a comunidade em que vive.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

HÁ CONFLITOS DENTRO DA IGREJA?

Ao longo da história eclesiástica, vemos inúmeros conflitos internos na igreja. Isso implica dizer que os conflitos são inevitáveis, por isso o líder precisa estar firmado em Deus para apaziguá-los. Também, ter maturidade para não ampliar as conseqüências desses conflitos.
Há conflitos de diversas naturezas como os de ordem eclesiástica, administrativa, doutrinária e pessoal.
Quando ocorre um conflito, a primeira precaução a se tomar é manter a ética cristã, não o tornando público, principalmente em se tratando de casos delicados que envolve a vida emocional das pessoas. Deve-se avaliar o nível do conflito, observando a quem atingiu e qual a amplitude deste, após isso deve se detectar as causas e a partir de então buscar a solução cabível.
Há casos, que é preciso buscar a ajuda de outras pessoas, quando por exemplo envolve a orientação de especialista naquele dado caso. Há outros casos, que após a busca de alternativas para solucionar o conflito, se caso a pessoa continuar irredutível deve-se levar ao conhecimento público da igreja. E em última instância, após a busca de todas as medidas cabíveis sem êxito, deve-se aplicar a disciplina eclesiástica.

domingo, 12 de abril de 2009

O que penso sobre liderança

Ser líder ministerial é uma das maiores dádivas na vida de um homem e de uma mulher de Deus. Toda pessoa que recebe a Cristo, ao fazer parte da Sua igreja é um líder em potencial. Porém, só o será eficazmente se deixar desenvolver este chamado em sua vida, pois cada um de nós foi chamado para fazer parte de um tipo de liderança ministerial. É óbvio que para haver líder, tem que haver os liderados.

A primeira coisa a ser feita para que um obreiro (a) tenha um ministério hesitou é negar a sua vontade para fazer a de Deus, pois como a própria Palavra nos diz: “Em verdade, em verdade, vos digo que se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só. Mas, se morrer produz muito fruto” (João 12:24).

É necessário, negar a velha natureza em todas as suas manifestações, ou seja, é preciso morrer para o velho homem e nascer novamente com Cristo.

O líder eficaz deve possuir habilidades ímpares para poder desenvolver o seu chamado, a parte de suas virtudes espirituais, deve também desenvolver aptidões administrativas, de relacionamento interpessoal, preparo e paradoxalmente deve ter muita humildade.

No âmbito administrativo, deve ter visão de águia, ou seja, ver além do presente momento e do que está diante dos olhos, deve organizar-se e planejar estratégias para atingir objetivos, traçando planos e metas a serem galgados. Deve influenciar outros, formar e discipular; Deve ser político, no sentido de resolver questões ambíguas e conflitantes entre os envolvidos.

No âmbito pessoal, deve ter coragem. Atributo este, indispensável para servir a Deus. Deve ter coragem para enfrentar os opositores da obra (como no caso de Neemias), coragem para extirpar o pecado no meio dos seus liderados, coragem para enfrentar o maligno e suas hostes, coragem para não se corromper, coragem para guardar a fé e o bom testemunho, mesmo diante de pressões externas. Coragem para permanecer firme mesmo quando todos abandonem; ou em perseguições; ou em meio de caluniadores. Coragem para nunca retroceder e nunca negar a fé.

Também no âmbito pessoal, deve ser humilde e piedoso. Deve saber exercer o amor fraternal suportando os mais fracos. Nunca, jamais deve se ensoberbecer com o êxito do seu trabalho, tributando em tudo honra e glória ao Autor de tudo: Jesus!

sábado, 11 de abril de 2009

Somos chamados a um ministério


Baseando-nos no texto do apóstolo Paulo, em Efésios 4:11,12. Podemos entender que antes de qualquer coisa, ministério é vocação divina; não se trata do exercício de uma atividade profissional, mas sim um compromisso com Deus; bem como, disposição e visão para realizar a obra de Deus e edificar a igreja do Senhor.

 

Tendo em vista o acima exposto, não poderíamos falar em ministério sem falar no ministro. Na visão paulina, examinando o texto da segunda epístola de Paulo aos Coríntios, no capítulo 6 dos versículos 1 ao10, observamos que a pessoa chamada ao ministério deve desenvolver algumas habilidades a fim de que seja bem sucedido naquilo em que foi vocacionado por Deus.

 

Assim sendo, para ter um bom desempenho ministerial, a que se conduzir com paciência: seja nas tribulações, nas privações, nas angústias ou até mesmo nos açoites, prisões e conflitos, visto que “aquele que põe a mão no arado não pode olhar para trás”.

 

Por conseguinte, vemos que o apóstolo Paulo nos mostra algumas atividades a serem exercidas por um ministro. O ministro deve se envolver nos trabalhos da igreja, nas vigílias e nos jejuns, pois um ministro que não participa do corpo de Cristo e que não se envolve perde a sua autenticidade.

 

Outro fato importante, é que o ministro deve apresentar algumas virtudes, tais como: pureza, sabedoria, longanimidade, bondade no Espírito Santo e ter amor não fingido.

 

Em última análise, Paulo descreve que o obreiro deve agir com perseverança e abnegação diante os paradoxos da vida ministerial, tudo isso em defesa da sua fé e do seu chamado.

 

Em suma, o obreiro deve viver no seu ministério não buscando seus próprios interesses e vanglória, mas cumprindo o seu chamado e sua vocação como um “desconhecido, mas sendo bem conhecido, como morrendo e eis que vivendo; como castigado e não morto; como contristado e sempre alegre; como pobre, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo e possuindo tudo” (2 Co 6:9,10).