Rádio Em Defesa da Fé!

domingo, 13 de novembro de 2011

Uma Sinopse à Homilética

Tanto o Antigo Testamento quanto o Novo valorizam grandemente a pregação. Os profetas do Velho Testamento eram pregadores antes de qualquer coisa. Os profetas explicavam a Palavra de Deus ao seu povo. Segundo a tradição Esdras foi quem introduziu os princípios pelos quais a pregação se desenvolveu na grande sinagoga, onde tempos depois a igreja primitiva seguiria o modelo.

Durante o exílio na Babilônia o povo de Deus criou a sinagoga o que se tornou um fator importantíssimo no aperfeiçoamento da prática da pregação privados de um templo e conseqüentemente das suas cerimônias e rituais.

Os judeus se reuniram em pequenos grupos para serem instruídos na Palavra e adoração a Deus. Um dos mais relevantes pregadores de todos os tempos foi João Batista, pois foi ele o precursor do messias. Ele se tornou a ligação entre o Antigo Testamento e Novo Testamento, pregou a mensagem de Deus numa época muito difícil para um tempo de acirrada crise moral, social, política, econômica e sobretudo espiritual. A mensagem de João Batista era dura e sem rodeios. O resultado de sua mensagem era tão poderoso que as pessoas eram batizadas por ele confessando os seus pecados.

Cristo é o modelo de pregador, ele iniciou o seu ministério de pregação expondo as Escrituras, aplicando os três princípios básicos da pregação.Sua pregação era caracterizada por simplicidade, utilizando principalmente parábolas e aplicando textos do Antigo Testamento a Sua própria vida.

Um dos mais poderosos sermões da história foi o de Pedro, visto que coisas extraordinárias aconteceram no pentecostes. Os discípulos falavam em línguas de cada nação, mas ninguém ainda tinha se convertido até Pedro começar a pregar expondo as Escrituras e aplicando aos ouvintes.

Paulo é chamado com justiça o maior pregador da história, inciando seu ministério de pregação após sua conversão, sendo um apologista, plantador de igrejas e inigualável ganhador de almas.

Em seu ministério, enfrentou prisões, açoites, privações de todo tipo, pobreza, desprezo e abandono, nada o deteve. Ele viajou por todo o império romano cruzando mares, desertos e pregando em muitos lugares. Acima de tudo ele foi um exportador das Escrituras, que além disso, tinha um conceito claro do Evangelho.

Para os vocacionados à pregação do Evangelho, cabe salientar os fundamentos da pregação bíblica, os quais são a supremacia das Escrituras e sua primazia.

Cabe-nos entender, ainda, o que está definido no alvo das Escrituras: a glória de Deus.Infelizmente, a teologia da prosperidade e suas variantes tem colocado o homem no centro de todas as coisas, por isso hoje muitos pregadores ensinam o seu auditório a exigir de Deus, o qual passou a” ser servo dos homens”. Assim sendo, a pregação em muitos casos se tornou um instrumento para fazer valer os caprichos humanos e não para glorificar a Deus, porém a Bíblia ensina que Deus é o centro de todas as coisa e não o homem.

A base da pregação deve ser cruz de Cristo, a qual é o centro do cristianismo, por isso é de se esperar que a teologia da cruz seja acessível ao entendimento de todos.

A cruz, portanto, revela a glória de Deus, abate a soberba do pregador, por que ela é o poder de Deus para rechaçar o orgulho tanto do pregador quanto da congregação.

Quanto ao dom da pregação o poder do Espírito Santo é essencial para que a pregação seja eficaz, pois não há substituto para sua unção na entrega eficaz de um sermão.