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terça-feira, 14 de abril de 2009

Aconselhamento Cristão e sua utilidade

O Dr. Gary em sua obra, Aconselhamento Cristão, faz uma análise dos objetivos do aconselhamento; logo em seguida, ele apresenta a relação entre o aconselhado e o conselheiro; posteriormente, explicita algumas técnicas elementares do aconselhamento apresentando a maneira que se dá esse processo. Por fim, ele traz as bases teóricas que embasam os principais métodos.
Sucintamente, no que tange aos objetivos do aconselhamento, o Dr. Gary afirma que é levar o aconselhando a ter uma vida abundante em Cristo.
Ele ressalta que o modelo de aconselhamento a ser seguido é o de Jesus Cristo, visto que Ele se preocupava com as pessoas, inclusive, com os problemas delas. Assim sendo, a exemplo de Cristo o conselheiro deve ter como objetivo mostras às pessoas como ter essa vida abundante e leva-las a encontrar o caminho da vida eterna.
Ele observa, por exemplo, muitos salvos que não vivem uma vida abundante em alguns aspectos por que lhes falta identificar o que está gerando negatividade em sua vida. E é neste âmbito, que o conselheiro atuará, pois ajudará essas pessoas a muda-las de atitude e orientá-las-á a mudar de atitude e a decidirem por padrões de comportamento que as leve a uma vida melhor. No caso, do não crente, além desse aspecto de auxílio, o aconselhamento atua como uma forma de evangelizar essa pessoa.
Para que o aconselhamento alcance os seus objetivos, o autor apresenta algumas metas específicas para que sua tarefa seja eficaz. Vejamos: a) Autoconhecimento - o conselheiro deve ajudar o aconselhado a entender a si memo, a fim de que este perceba o que ocorre dentro de si; b) Comunicação – As vezes os aconselhados interpretam mal o que os outros dizem a respeito de si, pois há problemas de comunicação. Neste caso o conselheiro deve ajuda-lo a interpretar corretamente as mensagens transmitidas pelos outros; c) Aprendizado e mudança de comportamento – O conselheiro deve ajudar o aconselhado a desaprender comportamentos nocivos e mudar de atitude substituindo essas práticas equivocadas por atitudes construtivas; d)Auto-realização – No caso do aconselhamento cristão, podemos usar a palavra cristo-realização, pois o conselheiro irá ajudar o aconselhado a atingir o máximo do seu potencial e mantê-lo, através da orientação bíblica e busca de viver cheio do Espírito Santo; e) Apoio – Em alguns casos situacionais, as pessoas não conseguem realizar e desempenhar suas funções satisfatoriamente. Neste tipo de caso o conselheiro deve apoiar, motivar e encorajar o aconselhando a suportar essa fase da vida, porém dando continuidade as suas tarefas; f) Integridade Espiritual – muitas pessoas custam admitir que os problemas têm dimensão espiritual. É neste ponto que o conselheiro cristão deve aproveitar para envolver a presença de Deus em seu aconselhamento, o que o autor denomina de triálogo (Conselheiro, Deus e o aconselhado).
Quanto ao relacionamento entre o conselheiro e o aconselhado, o autor afirma que muitas pessoas têm dificuldade de admitir que necessitam de auxílio. Porém, o bom conselheiro por conhecer essas atitudes, por parte do aconselhado, procura ajuda-lo a relaxar, dando-lhe segurança. O aconselhamento pode ocorrer no próprio gabinete do conselheiro ou em um centro terapêutico. Neste caso, o local é o que menos importa, o que é fundamental para que a terapia der certo é o bom relacionamento entre conselheiro e aconselhado.
O autor também enfatiza sobre alguns atributos por parte do conselheiro que contribuem para o sucesso do seu relacionamento com aconselhado. São eles: calor humano, sinceridade, empatia. Além destes, é importante que o conselheiro seja capaz de lidar com seus próprios problemas, que seja compassivo, confiável, sociável, afetuoso, maduro e íntegro. Ademais, todas essas qualidades que o conselheiro deve possuir, devem estar pautadas na demonstração do fruto do Espírito Santo em sua vida, o qual é gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, domínio próprio e o mais importante de todos: o amor.
Algumas técnicas de aconselhamento apresentadas no capítulo podem ser resumida em alguns tópicos básico: o conselheiro precisa saber: a) dar atenção ao aconselhado; b) saber ouvi-lo; c) responder as indagações e dialogar com o aconselhado – conduzindo o tratamento, comentando os discursos do aconselhado, indagando-o, confrontando-o, informando-o a cerca de suas percepções equivocadas; interpretando seu discurso sabiamente, apoiando e enconranjando-o a tomar decisões centradas em Deus; e) Saber ensina-lo na verdade; f) Filtrar na terapia as questões que realmente precisam ser tratadas.
Em relação ao processo de aconselhamento, a terapia não segue uma rotina, pois o autor observa que cada para cada indivíduo a um método a ser empregado, pois as pessoas diferem tanto em suas questões, quanto em suas reações quanto ao tratamento.
Entretanto, para haver toda relação de aconselhamento se faz necessário algumas etapas, sendo que algumas destas podem se repetir à medida que os problemas vão sendo tratados. As etapas, apresentadas são as seguintes: a) Conexão –ocorre quando o início do tratamento se consolida; b) Exploração – ocorre quando há necessidade do aconselhado expor detalhes do seu caso específico; c) Planejamento – ocorre quando o conselheiro já tem uma visão para solucionar o problema do aconselhado, pois irá expor os passos a serem seguidos a fim de sanar os conflitos do aconselhado; c)Desenvolvimento – ocorre quando o conselheiro motiva o aconselhado colocar em prática o que foi tratado no aconselhamento; d) Encerramento – Quando o conselheiro observa que os conflitos já foram sanados e que o aconselhado já pode caminhar sozinho e deixa “as portas abertas” para um possível novo tratamento, caso o aconselhado venha necessitar.
Mais adiante, o autor cita algumas teorias de aconselhamento utilizadas por terapeutas como por exemplo, a teoria alderiana, a análise junguiana, a terapia existencial, a terapia centrada na pessoa de Rogers, a terapia da gestalt, a análise transacional (AT), a terapia da realidade de Glasses, a terapia racional-emotiva de Albert Ellis, as várias behavioristas, a teoria da aprendizagem social, e as terapias familiares. Além destas há também, terapias de cristãos como o aconselhamento noutético de Jay Adams, o aconselhamento bíblico de Lawrence Crabb, a terapia espiritual de Charles Solomon e o aconselhamento para crescimento espiritual de Howard Clinebell.
Embora o autor cite essas teorias, ele não elege um método específico para que seja aplicado ao aconselhamento. Ele relata que o próprio Jesus foi bastante eclético, usando vários tipos de abordagem
Dependendo da necessidade daquele a quem ele interpelava. O autor também reconhece a utilidade de se compreender essas teorias, mas ressalta que devemos esperar que o Espírito Santo através do conselheiro opere durante o tratamento nas vidas necessitadas.
Por fim o autor relata alguns casos ocorridos nos EUA a cerca da interferência da lei americana em alguns aconselhamentos. Houve um caso em que o conselheiro foi processado pela família de um jovem que cometeu suicídio após um aconselhamento, porém, em contrapartida vários conselheiros profissionais são chamados para ajudar aos tribunais americanos a tomarem decisões em julgamentos. Um fator que chama atenção o papel social do conselheiro frente a comunidade em que convive é que ele pode ser uma referencia social tendo um papel determinante para com a comunidade em que vive.

3 comentários:

  1. Como homem de Deus, o aconselhamento cristão já fala por si próprio: dar conselhos dentro da cultura de Cristo, indicando os sábios conselhos divinos para os problemas da alma, corpo e espírito. A fé é a base e o remédio está no amor da pessoa aconselhada em receber a cura por meio das palavras poderosas de nosso Deus e Pai, o autor e criador do nosso corpo. Nós nascemos puros, por que agora estamos em aflições, etc.? Mateus 11.28-30: O Filho é a resposta e a posologia para tudo o que o ser humano precisa. Vá a Cristo e aprenda por meio dEle e achará a solução nos conselhos do Seu Pai. HELGIR GIRODO

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  2. Bom dia, Graça e Paz a todos!
    Meu Nome é Fernando sou membro da igreja Betel Brasileiro, em Cajazeiras-PB. Estou pesquisando a respeito do Aconselhamento cristão e seus fundamentos e me interesso pela a área. E estou reunindo pessoas para estudar sobre o assunto e debate-lo. Ok
    e-mail: ten.fernando@hotmail.com

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    1. Desculpe-nos a demora da resposta, porém estamos reativando o blog agora. Sim, será uma imensa satisfação partilharmos sobre o tema: Aconselhamento Cristão. Estamos a vosso inteiro dispor.

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