Rádio Em Defesa da Fé!

domingo, 19 de abril de 2009

OS FUNDAMENTOS NA ARTE DE AJUDAR

Um fator preponderante destacado pelo Dr. Gary é que se queremos ajudar as pessoas através do aconselhamento devemos levar a Bíblia a sério. Um dos pontos abordados no capítulo 2 da sua obra é o aconselhamento no discipulado, o qual o autor considera “uma abordagem que se edifica sobre a Escritura — que começa com a Bíblia como seu ponto de partida. É um conceito de aconselhamento que reconhece a crucialidade da Grande Comissão e tem no seu âmago o discipular aos outros. Toma por certo que o Deus que fala através da Bíblia também revelou verdades acerca do Seu universo por meio da ciência, inclusive a psicologia. Logo, leva-se a sério os métodos e as técnicas psicológicos, embora devam ser testados, não somente de modo científico e pragmá­tico, mas primeiramente à luz da Palavra de Deus escrita”.

Os principais alvos do aconselhamento, segundo o autor são: “ajudar as pes­soas a funcionarem de modo mais eficaz nas suas vidas diárias; a se libertarem dos conflitos espirituais, psicológicos e inter­pessoais; a terem paz consigo e a desfrutarem de uma crescente comunhão com Deus; a desenvolverem e manterem com os outros relacionamentos inter-pessoais serenos; a realizarem o máximo potencial que têm em Cristo; e a estarem ativamente envolvidos em se tornarem discípulos de Jesus Cristo e discipuladores para Ele.”

O autor também apresenta princípios gerais, que ele chama de "princípios para a ajuda às pessoas:

A) Princípio nº 1 para a Ajudar às Pessoas;

O autor destaca que “Em qualquer relacionamento de ajuda, a personalidade, os valores, as atitudes e as crenças do ajudador são de importância primária.”

Também considera alguns atributos para o conselheiro tenho a é brandura como parâmetro (Gl 6:1), diz que o conselheiro deve se manter firme com o aconselhado e ser compasivo.

O autor considera que os padrões para o coselheiro são, efetivamente, altos, mas que nem por isso serão inalcansáveis. O Conselheiro deve ser consciente das tentações que advêm quando se envolve num relacionamento íntimo de aconselhamento, levando as cargas do aconselhado; deve examinar-se a si mesmo e saber que a sua força vem de Deus, não se considerando superior ao aconselhando; deve estar apto a fazer discípulos e pronto a aprender do ajudando.Estando consciente de Deus e das influências espirituais no comportamento humano, sendo paciente; reco­nhecendo sua responsabilidade de fazer o bem a todas as pessoas, mas "principalmente aos da família da fé" . pois o mais importante de tudo isso é o amor .

A Empatia é um atributo que torna o aconselhamento eficaz, pois faz o conselheiro buscar ver e enten­der o problema do ponto de vista do aconselhando. Isso poque quem aconselha precisa conservar intatos os seus pontos de vista objetivos, e ao mesmo tempo reconhecer que pode servir de máxima ajuda, deixando o aconselhado saber que como ele se sente e como vê a sua situação. O ajudando, por sua vez, precisa reconhecer que alguém real­mente está procurando entendê-lo. E é este mútuo entendimento que traz harmonia entre o ajudador e o aju­dando.

O calor é outro atributo que se traduz em amabilidade, consideração e que se revelam na expressão do rosto, no tom da voz, nos gestos, na postura,etc, ou seja no comportamento não-verba. Nesse aspecto, vemos que ajudador que realmente se importa com as pessoas não precisará anunciar verbalmente sua solicitude,visto que todos poderão percebê-la.

A autenticidade é outro atributo importante pois demonstra que as palavras do ajudador são consistentes com as suas ações.

O autor declara que não há melhor exemplo que Jesus em revelar empatia, calor e autenticidade e assim deve ser o ajudador cristão bem-sucedido.



B) Princípio nº 2 para a Ajudar às Pessoas

As atitudes, motivação e desejo por ajuda da parte do auxiliado também são importantes no aconselhamento.

O autor exprime que alguns conselheiros tiveram a experiência frustradora de procurar trabalhar com alguém que não coopera, ou que não tem interesse em mudar o seu comportamento. Neste caso, Quando o auxi­liado não quer ajuda, deixa de perceber que existe um proble­ma, não deseja mudar-se, ou não tem fé no conselheiro nem no processo de auxílio, então o aconselhamento raramente é bem-sucedido.

Assim sendo, o conselheiro deve compreender que Deus criou o homem com livre arbítrio, e não é possível ajudar a todos, principalmente quando o auxiliado está indisposto a crescer psicologicamente. Para que haja um aconselhamento eficaz, o conselheiro e o aconselhado precisam estar em harmonia.

Também a que se perceber, não se deve tomar por certo que a pessoa que precisa de ajuda sempre está resistindo de modo teimoso. As vezes, as pessoas resistem por medo. Algumas por não reconhecer seus fracassos ou problemas, e há ocasiões em que o próprio auxiliado não sabe qual é o problema. Outros têm medo de ser rejeitados. Em fim, todos estes fatores podem interferir no processo da ajuda, e, portanto, a tarefa do conselheiro é, também, de ajudar o aconselhado a "abrir o seu coração".

C) Princípio nº 3 para a Ajudar às Pessoas

O relacionamento de ajuda entre o ajudador e o auxiliado é de grande relevância.

O autor saliente que os relacionamentos de ajuda diferem na sua natureza e profundidade. Com cada pessoa Jesus tinha uma estratégia específica. Com Nicodemos, por exemplo Ele foi intelectual, com os fariseus, foi persuasivo, confrontando-os, com Ma­ria e Marta e foi mais informal, e com as crianças era caloroso e amoroso. Tudo isso por que Jesus reconhecia diferenças individuais de personali­dades, de necessidades, e de nível de entendimento.

O autor ainda adiciona que Jesus, não somente tratava com pessoas de modos diferen­tes, mas também tinha relacionamentos com as pessoas em níveis diferentes de profundidade ou proximidade. bordo estas pessoas de modos diferentes, e estou mais próximo dalguns do que doutros.

D) Princípio nº 4 para a Ajudar às Pessoas

A ajuda deve concentrar-se nas emoções, pensamentos e comportamento do aconselhado – as três coisas: A ênfase sobre as emoções, o pensamento e o comporta­mento.

Em síntese, o autor entende que “cada relacionamento depende da personalidade das pessoas envolvidas, da natureza dos proble­mas que são considerados, da profundidade da discussão, e da proximidade psicológica entre o Conselheiro e a pessoa que está sendo acpnselhada. Isso porque o aconselhamento é um processo de auxílio, mas este auxílio envolve um relacionamento. Quanto melhor o relacionamento, tanto mais bem-sucedido o aconselhamento.”



Bibliografia:

COLLINS, Gary R. Ajudando uns aos Outros pelo Aconselhamento Cristão. – Ed. Vida Nova.

Nenhum comentário:

Postar um comentário