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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um breve resumo da História do Pentecostalismo


O pentecostalismo dos Estados Unidos da América exerceu grande influência para o pentecostalismo brasileiro, principalmente no que diz respeito à formação teológico_doutrinária das Assembléias de Deus no Brasil.

No final do século IXX, Ocorreram diversas manifestações pentecostais nos EUA, dentre as quais destacamos o ocorrido em 1879, onde pastores batistas da santidade falaram em línguas e W. Jethro Walfhal foi batizado no Espírito Santo. E porque não citar o aviamento de Shinloh no Maine, onde muitos receberam o batismo.

Outro fato marcante, se deu nas torres de oração ou cenáculos, como por exemplo a conhecida torre do campus da Oral Roberts University. Como também, os albergues da fé de cura divina, os quais foram um importante componente para o ambiente de santidade, no qual o movimento pentecostal nasceu.

No início do século IXX também ocorreram inúmeras turbulências tanto conceituais quanto doutrinárias, nesse contexto surgiram grupos antidenominacionistas com o intuito de pregar uma “unidade” interdenominacional, visto que não aceitavam nenhuma autoridade organizada. Contudo, em todas as eras Deus sempre contou com remanescente fiel, o qual preservou os verdadeiros princípios da fé cristã.

Também vemos a presença de várias perspectivas escatológicas tais como o milenismo, o pós-milenismo e o amilenismo. Porém, o que se observa é que a perspectiva pentecostal tem sua Ênfase voltada pra o pré-milenismo, pois na ótica pentecostal o derramamento do Espírito Santo é um importante sinal para vinda de Cristo.

Dentro desse contexto, alguns movimentos merecem ser destacados, como o avivamento de Dakota do Norte em 1895, o de Cherokee Country (Carolina do Norte 1896 – 130 pessoas batizadas no Espírito Santo), o avivamento de Dakota do Sul (1900-1903, e de Minesota (1900), dentre tantos outros).

Podemos também citar o movimento restauracionista com destaque para os temas bíblicos evidenciados pelo movimento tais como o de Joel 2:23, que influenciou o movimento da chuva serôdia, o qual renovou os dons espirituais (como os de línguas, profecia e cura).

Logo após, temos o movimento da Fé Apostólica, dando destaque para Parham, o qual tinha o compromisso de resgatar a essência do cristianismo vivido pela igreja primitiva. O movimento da Fé Apostólica tinha o propósito de restaurar a fé e promover a unidade cristã, além das línguas como evidencia e necessidade de santidade. Também pregavam o pré-milenismo, vida pela fé de seus obreiros e manifestação dos dons espirituais.

Mais tarde em 1901, tem-se evidencia do conhecido avivamento de Topeka o qual marca o nascimento do movimento pentecostal dos EUA, seguido dos avivamentos de Galena (kansas), o de Baxter Springs (Kansas), o de Houston (texas), o da rua Bonnie Brae (Los Angeles) e de tantos outros.

Mas é o movimento que ocorreu na Rua Azuza (Los Angeles) que queremos nos deter, pois de lá o movimento pentecostal se expandiu para o mundo.

“Em Azuza os cultos eram longos e de forma geral espontâneos, Nos seus primeiros dias, a musica era à capela, embora um ou dois instrumentos fossem tocados”. Os cultos incluíam cânticos, testemunhos dados por visitantes ou lidos daqueles que escreviam para a Missão. Oração, momento de apelo para pessoas aceitarem Cristo, apelo à santificação ou ao batismo no Espírito Santo, e, obviamente, pregação. Os sermões, normalmente não eram preparados antecipadamente e eram tipicamente espontâneos. W. J. Seymour era claramente o encarregado dar pregação, porem havia bastante liberdade para pregadores visitantes. A oração pelos enfermos era também uma parte freqüente nos cultos. Muitos gritavam, outros ficavam "rindo no Espírito" ou "caídos no poder".

Na verdade, quase todas as denominações pentecostais nos Estados Unidos tem suas raízes, de uma maneira ou de outra, na Missão da Fé Apostólica da Rua Azusa.” (Araújo.Israel, Dicionário do Movimento Pentecostal pág. 605)



“A importância do avivamento e igualmente associada ao ensino sobre o batismo no Espírito Santo e o dom de línguas... A importância de Azuza repousa também nos testemunhos daqueles cujas vidas foram transformadas pela experiência de um Deus imanente pelo Espírito Santo. Muitos tiveram sua orientação intelectual transformada. Seus ministérios rapidamente ganharam nova direção ou poder, sua espiritualidade pessoal foi enriquecida e a sua visão da tarefa da igreja, imensuravelmente ampliada. Portanto, a importância de Azuza foi centrifuga - aqueles que eram tocados por ela levavam suas experiências para outros lugares e tocavam a vida de outras pessoas.” (Araújo. Israel, Dicionário do Movimento Pentecostal pág. 606).



Por fim, a Assembléia de Deus no Brasil foi fundada por missionários escandinavos. Sua teologia, porém, sofreu igualmente a influencia da igreja pentecostal escandinava das Assembléias de Deus norte-americanas. Há diferença é quanto ao tempo de influencia dos dois grupos. O primeiro exerceu sua influência teológica nas primeiras cinco décadas da denominação. O norte-americano, por sua vez, exerce sua influência teológica no Brasil pentecostal já há 40 anos.

A partir do final dos anos 30, começaram a aportar no país missionários da Assembléia de Deus dos EUA, os quais, aos poucos, notabilizaram-se na orientação teológica dos primeiros obreiros brasileiros. No final dos anos 40 e início dos anos 50, despontam notadamente nas escolas bíblicas pelo país os nomes dos missionários norte-americanos. Pode se dizer que, nesse período, inicia-se o processo de cristalização da teologia pentecostal no Brasil, pois somente com os norte-americanos houve uma maior sistematização das doutrinas bíblicas na AD.

Tanto que se pesquisando as paginas do Mensageiro da paz dos anos 40 e 50 destacam-se os seguintes nomes: Lawrence Olson, Leonard Pettersen, Teodoro Sthor' e John Peter Kolenda, todos norte-americanos. Porém, nesse período, destacam-se apenas, os nomes dos missionários escandinavos Nels Nelson e Lars Erik Bergsten.

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